sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Betão feito de pneus


O projecto "Betão com borracha proveniente de pneus usados" de Filipe Valadares e Miguel Bravo, dois estudantes de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico, foi o vencedor da terceira edição do Prémio Inovação ValorPneu. Aos jovens autores deste projecto foi atribuído um prémio de 7500 euros e um estágio profissional na ValorPneu.
Os resultados do Prémio Inovação ValorPneu 2011 foram conhecidos no passado dia 10 de Novembro, no Centro de Reuniões da FIL, em Lisboa, durante o 9º Encontro da Rede ValorPneu.


«O projecto consiste numa nova forma de produção de betão com granulado de borracha que permite evitar o consumo de uma quantidade apreciável de agregados naturais, mantendo e melhorando, em alguns casos, as propriedades do betão. Este novo tipo de betão poderá ter aplicabilidade prática em lajetas com aplicações em arruamentos, acessibilidades, praças e jardins; separadores centrais do tipo New-Jersey e lancis; paredes divisórias ou lajes estruturais e como material de enchimento.
O projecto teve o acompanhamento do Professor Doutor Jorge de Brito e a duração total de 12 meses: “ Nove meses de trabalho prático e três meses de trabalho teórico, nos quais produzimos cerca de 2.000 litros de betão no laboratório do IST”, explicaram os vencedores do Prémio.»

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Estamos bem governados...


«Sismo vai matar dezenas de milhar em Portugal

Especialistas alertam que edifícios não estão preparados, nem sequer os hospitais»



«Os maiores especialistas portugueses em sismos avisam que Portugal pode sofrer, a qualquer momento, um terramoto e um tsunami semelhantes aos que vimos no Japão e que vai matar dezenas de milhar de pessoas porque o país não está preparado. A Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica, num documento a que a TVI teve acesso, avisa que em Portugal nem sequer os hospitais estão preparados para um sismo. 

Portugal sofreu em 1755 um terramoto de magnitude 8,5 a 9, semelhante ao do Japão. E é uma certeza científica que vai repetir-se a qualquer momento. «Pode ser amanhã, pode ser depois de amanhã. É errado pensar que só será em 2755», disse à TVI Maria Ana Viana Baptista, geofísica.

O Laboratório Nacional de Engenharia, em 2005, previu que o grande terramoto vai matar entre 17 mil e 27 mil pessoas, mas essa estimativa peca por defeito. O grande problema está na falta de resistência da maioria dos edifícios portugueses, ao contrário do que acontece no Japão, explica Mário Lopes, professor do Instituto Superior Técnico.

«Conhecendo a cidade de Lisboa, receio que possamos ter riscos acentuados em mais de 50 por cento dos edifícios da cidade», disse João Appleton, engenheiro civil.

Para o economista António Nogueira Leite, um sismo «teria um impacto na economia portuguesa equivalente a um ano de criação de riqueza»

As políticas de controlo da qualidade da construção e os planos de reabilitação urbana têm ignorado a maior ameaça que paira sobre a economia e a vida dos portugueses

O Algarve, o Litoral Alentejano e a grande Lisboa, serão gravemente afectados pelo sismo que pode acontecer a qualquer momento. Como no Japão, as zonas costeiras e as margens do Tejo vão voltar a sofrer o impacto mortífero de uma onda gigante.

Em Julho de 2010 todos os partidos votaram, por unanimidade, uma recomendação ao governo, para que se crie com urgência um plano nacional com vários pontos decisivos: redução da vulnerabilidade sísmica das infra-estruturas hospitalares, escolares, industriais, governamentais, de transportes, energia, património histórico e zonas históricas dos núcleos urbanos. A resolução recomendava ainda ao governo o reforço do controlo da qualidade dos edifícios novos e a obrigatoriedade de segurança estrutural anti-sísmica nos programas de reabilitação urbana.

Oito meses depois, o governo não fez nada: limitou-se a propor um modelo de seguros, para indemnizar os prejuízos materiais dos sismos. A Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica, num parecer enviado ao parlamento, reagiu com indignação: «A opção do governo é ineficiente, eticamente condenável porque não se preocupa com a salvaguarda da vida humana e contraria a resolução da Assembleia da República».

A verdade é esta: quando o sismo chegar, a Assembleia da República vai ficar de pé, porque recebeu obras de reforço anti-sísmico. Mas os principais hospitais de Lisboa, por exemplo, deverão colapsar.»



domingo, 16 de outubro de 2011

Ciclo de Conferências Civil - ISEL «Engenharia em Movimento»


De 12 a 14 de Outubro tiveram lugar, no Departamento de Engenharia Civil do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, as seguintes conferências:
DIA 12 DE OUTUBRO DE 2011

»»» 11:00 «««
:: Comportamento Dinâmico / Sismos ::
c/ Engº. Trancoso Vaz



»»» 18:30 «««
:: Marina, Parque das Nações ::
c/ Engº. Filipe Vilar



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DIA 13 DE OUTUBRO DE 2011

»»» 11:00 «««
:: Reabilitação ::
c/ Engº. Brazão Farinha 

»»» 15:30 «««
:: Vias ::
c/ Engº. Sousa Marques


»»» 17:00 «««
:: Ordem dos Engenheiros ::
c/ Engª. Cristina Machado


 
»»» 18:30 «««
:: Metro / Aeroporto ::
c/ Engº. Melâneo



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DIA 14 DE OUTUBRO DE 2011

»»» 11:00 «««
:: Liderança e Recrutamento ::
c/ Dr. Pedro David Lopes Mendonça



O evento, no qual participei, foi organizado pela Comissão Coordenadora de Curso de Civil e contou com o auditório do Edifício Ferreira Cardoso cheio em todas as conferências.
Parabéns pela iniciativa!

Fotografias por: Comissão Coordenadora de Curso de Civil - ISEL
www.facebook.com/CCCCIVIL

Brasil bloqueia participação de engenheiros portugueses no Mundial e Jogos Olímpicos





O Brasil está a bloquear a participação de engenheiros portugueses em obras destinadas aos jogos Olímpicos e ao Mundial do Futebol, numa altura em que se promove a internacionalização de Portugal, denunciou a Ordem dos Engenheiros.
«Lamento e preocupa-me que sejam aspectos de natureza puramente burocrática que condicionam ou atrasam a ida de engenheiros para um país carente de engenharia», disse o bastonário da Ordem dos Engenheiros, Carlos Matias Ramos, em entrevista à Lusa.
O Brasil, um país em expansão económica, que vai receber o Mundial de futebol em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016, precisa neste momento de cerca de 100 mil engenheiros para concretizar estas novas obras, uma oportunidade para os portugueses que têm vantagens culturais e históricas em relação a outras nacionalidades.
Contrariando o princípio da reciprocidade entre os países, a lei brasileira impõe o reconhecimento dos diplomas portugueses pelas universidades do Brasil e estas, segundo o bastonário, chegam a estar um ano sem sequer responder aos pedidos dos engenheiros portugueses.
«A Ordem já fez todos os esforços, contactando todas as entidades que podem resolver este problema, desde o envio de memorandos ao Primeiro-ministro, ao ministro dos Negócios Estrangeiros, ao secretário de Estado do Ensino, ao Conselho de Reitores, ao Instituto Camões», enumerou, precisando que pelo menos desde Janeiro que tenta resolver a situação.
Para Carlos Matias Ramos, este bloqueio «é um problema de natureza política muito forte» que agora só poderá ser resolvido através da diplomacia dos dois países, e lembrou que a Ordem dos Engenheiros reconhece os diplomas de engenheiros brasileiros em cerca de 20 dias.
«O que me preocupa é o momento actual. Eu não quero a emigração. Estamos a formar engenheiros para desenvolverem o nosso país, e por isso não queremos que emigrem, mas precisamos que se internacionalizem», concluiu.

Fonte: Lusa/SOL
http://sol.sapo.pt/inicio/Internacional/Interior.aspx?content_id=30790